quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Ler...para olhar com o olhar do outro e, assim, nos tornarmos mais tolerantes, mais humanos

Para Galeno Amorim, escritor e jornalista brasileiro, "é fundamental ler, não importa o suporte. Ler (ou ouvir ou tactear!) livros, revistas, jornais, histórias aos quadradinhos, tudo. Mas, sobretudo, ler literatura, nos seus mais diferentes géneros".

Diz ainda sobre as Virtudes da leitura: "Ler para ampliar o próprio universo, para se apropriar do conhecimento universal. Para desenvolver a inteligência, mas, principalmente, para olhar com o olhar do outro e, assim, se tornar mais tolerante, mais humano. Nos países pobres ou em desenvolvimento, ler é fundamental como meio de promover a cidadania."

in PÚBLICO on line desta manhã

Este e outros especialistas participam no congresso internacional com o tema «Formar Leitores para Ler o Mundo» que decorrerá hoje e amanhã na Gulbenkian, em Lisboa.

Aqui está um assunto que justificaria dois ou três debates, na televisão pública, tal a importância do mesmo. Fico curioso sobre a cobertura e os minutos que os nossos media vão "gastar" com o acontecimento e toda esta temática.

É urgente que os nossos jovens leiam, leiam, e leiam. Por todos os motivos e mais alguns, mas também, como refere Galeno Amorim "para olhar com o olhar do outro".

Sem dúvida uma das expressões mais lúcidas e belas que alguma vez li.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Uma história com 15 anos e outras mais actuais, com uma canção, uma boina e até o Che à mistura com o "El País"

O meu mais novo, Tomás, faz hoje 15 anos. Está por isso de parabéns. Um grande beijo do Pai.
O rapaz nasceu cedo, cerca da 1,40h da manhã desse dia. Nessa noite se dormi 3 horas foi muito. Estive no hospital de Santa Maria até tarde. De manhã fui logo para o hospital pois tinha duas simpáticas enfermeiras que me deram um curso actualizado de mudar fraldas ao Tomás. Uma delas era na verdade muito "profissional". Adiante...
À tarde, nesse mesmo dia, estará por esta hora a fazer 15 anos (hora das visitas ao hospital) o meu mais velho, Simão, com 5 anos e 4 meses na altura, foi à 1ª visita do dia ver a mãe e ver o irmão, este pela primeira vez. O Simão foi com a minha sogra e levou um ramo de flores muito bonito para a mãe. Lembro-me que tinha uns óculos de massa muito grandes e estava algo desdentado. Mas tudo bem. Eu estava curioso com o que ele iria dizer a respeito do irmão. Na realidade se disse alguma coisa não me lembro. O que sei é que, sem ninguém esperar, o Simão diz que tem mais uma coisa para a mãe e para o mano. E começa a cantar uma canção que tinha preparado na escola, para a mãe e o Tomás. Eu aí, meus amigos, não aguentei. Era muita emoção junta. Resultado; chorei compulsivamente, enquanto o Simão lá cantava a sua canção. Da letra da canção, não me lembro minimamente. Mas desta história nunca mais me esqueci. O que soube apenas hoje, é que nesse mesmo dia o Simão perdeu uma peça da indumentária que levou para a 1ª visita ao irmão. Perdeu uma boina. Nem mais. O Simão, que me lembre, já não chegou com a dita boina à visita. A minha mulher refere que parece que a boina foi perdida no parque de estacionamento. Claro que não tem nada a ver, mas lembrei-me que ainda hoje o Simão tem uma grande admiração por um dos maiores ícones de todas as revoluções, Che Guevara. É verdade. No quarto ainda tem um grande lenço vermelho com a imagem mais conhecida do Che e com a frase "Hasta la victoria siempre". Lembro-me de um outro caso, este passado no "El País" há 1 ou 2 anos, com um editorial dizendo que Che tinha sido, além dos aspectos heróicos na revolução cubana, também um criminoso. Então cerca de 250 jornalistas do referido jornal exigem fazer, e fizeram, um contra editorial, por não se reverem na posição anteriormente tomada em editorial. O Simão, que quer ser jornalista, adorou aquela tomada de posição. Claro que não é só por isto que o "El País" é uma das referências do melhor jornalismo que se faz pelo mundo fora. Mas que é raro ver-se, é.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Verdadeiro Serviço Público

A Biblioteca José Saramago, em Loures, é um bom exemplo do que deve ser um verdadeiro Serviço Público. De forma gratuita disponibiliza aos seus leitores, entre 3ª e Sábado, vários jornais diários e semanários além de muitas revistas para consulta na biblioteca.
Podem-se também requisitar livros, discos e filmes. Para já, comecei por aqui:

Livros ficção:
"A mancha humana", de Philip Roth
"O jardim de cimento", de Ian McEwan

Livros BD - "A marca amarela" de E.P.Jacobs (Blake & Mortimer) e "O homem da estrela de prata" texto de Charlier, desenhos de Giraud (tenente Blueberry)

Filme - "Disparem sobre o pianista" de François Truffaut, baseado num romance de David Goodis, que li há uns anos

Discos - "In the heart os the moon" de Ali Farka Touré e Toumani Diabaté; "Niafunfé" de Ali Farka Touré

"Se não tens mãos para tantos cavalos, anda de burro"


Observação num blog, na revista da imprensa da Antena 1, sobre a notícia automobilística de ontem.

Menos relevo teve infelizmente a 1ª morte registada na edição do Dakar deste ano. Chamava-se Pascal Terry, era francês. Motivo: um edema pulmonar.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Jogadores de futebol que já escreveram/publicaram mais livros que os que já leram

No "El País" de ontem, John Carlin, na sua sempre interessante coluna «El corner inglés», refere-se desta forma às "estrelas", com indiscutíveis méritos futebolísticos, mas que uma determinada "cultura popular" teima em seguir como modelo(s). Daí surgirem a partir dos vinte e poucos anos de idade dos ditos, as fantásticas biografias, foto-biografias, autobiografias e outras. Por cá toda a gente se vai lembrar pelo menos de um caso que se não encabeça essa lista, anda lá perto. São os novos tempos.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Ainda o livro que uso como anti-gripe

O livro que me receitei para tratar a gripe «O fantasma sai de cena», desculpai-me a insistência, tem a páginas 33, uma passagem que é deliciosa. A personagem pricipal do livo, Nathan Zuckerman, chega a um restaurante italiano "Pierluigi's", em Nova York, onde não ía há cerca de 4 anos. No entanto foi recebido pelo dono que o tratou pelo seu nome e entretanto escreve isto:

« Uns partem enquanto outros, com toda a naturalidade, ficam para continuarem a fazer aquilo que sempre fizeram - e, quando regressam, os que partiram ficam admirados e momentaneamente maravilhados por verem que eles lá continuam e, também, tranquilizados por haver quem passe a vida inteira no mesmo lugarzinho e não tenha vontade de partir.»

A gripe e o Philip Roth


Pois é.

Nos dias que uniram 2008 e 2009, fui atacado por uma gripe chata. Não tinha febre, mas uma tosse terrível no 1º dia e um nariz a exigir Renova(dos) lenços de papel no 2º dia, 1º de 2009.

Para combater a maleita atirei-me furiosamente ao "Exit Ghost", «O fantasma sai de cena», livro de 2007 do americano Philip Roth. Para já as primeiras 100 páginas são excelentes.

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