terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Uma história com 15 anos e outras mais actuais, com uma canção, uma boina e até o Che à mistura com o "El País"

O meu mais novo, Tomás, faz hoje 15 anos. Está por isso de parabéns. Um grande beijo do Pai.
O rapaz nasceu cedo, cerca da 1,40h da manhã desse dia. Nessa noite se dormi 3 horas foi muito. Estive no hospital de Santa Maria até tarde. De manhã fui logo para o hospital pois tinha duas simpáticas enfermeiras que me deram um curso actualizado de mudar fraldas ao Tomás. Uma delas era na verdade muito "profissional". Adiante...
À tarde, nesse mesmo dia, estará por esta hora a fazer 15 anos (hora das visitas ao hospital) o meu mais velho, Simão, com 5 anos e 4 meses na altura, foi à 1ª visita do dia ver a mãe e ver o irmão, este pela primeira vez. O Simão foi com a minha sogra e levou um ramo de flores muito bonito para a mãe. Lembro-me que tinha uns óculos de massa muito grandes e estava algo desdentado. Mas tudo bem. Eu estava curioso com o que ele iria dizer a respeito do irmão. Na realidade se disse alguma coisa não me lembro. O que sei é que, sem ninguém esperar, o Simão diz que tem mais uma coisa para a mãe e para o mano. E começa a cantar uma canção que tinha preparado na escola, para a mãe e o Tomás. Eu aí, meus amigos, não aguentei. Era muita emoção junta. Resultado; chorei compulsivamente, enquanto o Simão lá cantava a sua canção. Da letra da canção, não me lembro minimamente. Mas desta história nunca mais me esqueci. O que soube apenas hoje, é que nesse mesmo dia o Simão perdeu uma peça da indumentária que levou para a 1ª visita ao irmão. Perdeu uma boina. Nem mais. O Simão, que me lembre, já não chegou com a dita boina à visita. A minha mulher refere que parece que a boina foi perdida no parque de estacionamento. Claro que não tem nada a ver, mas lembrei-me que ainda hoje o Simão tem uma grande admiração por um dos maiores ícones de todas as revoluções, Che Guevara. É verdade. No quarto ainda tem um grande lenço vermelho com a imagem mais conhecida do Che e com a frase "Hasta la victoria siempre". Lembro-me de um outro caso, este passado no "El País" há 1 ou 2 anos, com um editorial dizendo que Che tinha sido, além dos aspectos heróicos na revolução cubana, também um criminoso. Então cerca de 250 jornalistas do referido jornal exigem fazer, e fizeram, um contra editorial, por não se reverem na posição anteriormente tomada em editorial. O Simão, que quer ser jornalista, adorou aquela tomada de posição. Claro que não é só por isto que o "El País" é uma das referências do melhor jornalismo que se faz pelo mundo fora. Mas que é raro ver-se, é.

1 comentário:

  1. atrasados parabéns ao grande Tomás, o promissor matemático e futuro empresário de sucesso do clã. é engraçada a história da boina, a ligação ao Che e o nome do Simão. é que Simon Bolivar é a grande referência revolucionária, independentista e libertária da América latina. mais ainda que Che ou Castro. talvez haja nesta coisa de se escolher o nome de um filho qualquer coisa de memória subliminar. em castelhano seria o Simon Martins.

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